História da Diocese

História da Diocese

 

DIOCESE DE GUARABIRA - PB 
30 ANOS 

 
 
 

A Cidade-sede 


As terras de Guarabira foram fundadas nos idos de 1586, no momento em que a região era alvo de penetração dos colonizadores portugueses que buscavam coibir o contrabando frequente do pau-brasil (ibirapitanga ou arabutan), praticado pelos franceses apoiados pelos potiguaras da Serra de Cupaoba, atual Serra da Raiz. 

As expedições eram rechaçadas violentamente pelos indígenas, fazendo com que o Governador Feliciano Coelho de Carvalho, realizasse outras entradas fortemente armadas para dominar definitivamente Cupaoba. 

O local era de difícil acesso devido a sua posição geográfica, impedindo a vitória rápida dos portugueses que mais tarde chegariam mais uma vez, fazendo-se acompanhar do olindense Duarte Gomes da Silveira, que chegara à Paraíba com o Ouvidor Geral Martim Leitão. 

Em 29 de outubro de 1586, os portugueses conseguiram dizimar as mais de quarenta aldeias espalhadas pela Serra e chefiadas pelos caciques Pao Seco e Zorobabé. Tomadas as terras dos índios vencidos, foram mais tarde distribuídas em sesmarias pelas autoridades portuguesas com grande parte dos que se envolveram no processo de colonização paraibana, bem como com os sacerdotes que os apoiavam desde o princípio. Futuramente, GUARABIRA seria emancipada anos mais tarde, em 1837. 

Em 27 de Abril de 1837, com a emancipação de Guarabira, o Revmo. Sr. Bispo da Diocese de Olinda, Dom João da Purificação Marques Perdigão cria a Freguesia de Nossa Senhora da Luz, no estado da Paraíba tendo em vista o decreto nº 17 do mesmo ano, tendo como seu primeiro pároco o Padre José Pereira de Araújo. 

 
Em 1892, o papa Leão XIII cria a Diocese da Paraíba, onde posteriormente o papa Pio X elevaria a Arquidiocese e sede metropolitana, tendo como primeiro bispo, Dom Adaucto Aurélio de Miranda Henriques, natural da cidade de Areia. 

Aos poucos a Arquidiocese da Paraíba vai se desmembrando e são criadas as Dioceses de Cajazeiras (1914); Campina Grande (1949); Patos (1959) e a Diocese de Guarabira (1980). 

Com a criação da Diocese de Guarabira, pela Bula “Cum Exoptaret”, do Papa João Paulo II a Paróquia Nossa Senhora da Luz foi elevada a dignidade de Catedral da diocese e Nossa Senhora da Luz, padroeira deste território eclesial. 


 
Foram os seguintes Bispos de Guarabira: 


 
 
Dom Marcelo Pinto Carvalheira, de 27/12/1981 a 29/11/1995.
 
 
 
 
Dom Frei Antônio Muniz Fernandes, O. Carm. de 07/06/1998 a 22/11/2006.
 
 
 
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena 
Bispo diocesano de Guarabira 
Desde 31.08.2008 


Dados do bispo diocesano: 

 

Nasceu em Jardim do Seridó - RN......................................19 de outubro de 1963 
Nomeado Bispo de Guarabira..............................................28 de maio de 2008 
Ordenação Episcopal em Caicó - RN...................................17 de agosto de 2008 
Acolhida e posse em Guarabira - PB...................................31 de agosto de 2008 
Lema de seu Episcopado:............. "Lux Vestra Luceat" - "Que brilhe a Tua Luz" 
 
 
 

 
 
PADROEIRA 


 


Nossa Senhora da Luz 
 
 
A devoção a Maria Santíssima com a invocação Nossa Senhora da Luz teve seu início no século XV. Surgiu em meio a uma história singela e singular: ao ser aprisionado pelos mouros, um senhor português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, invocou com fé a proteção da Mãe de Deus, a qual o libertou. 

Em Guarabira, a devoção a Virgem da Luz remonta de 1755, com a chegada do português José Gonçalves da Costa ( o Costa Beiriz), que fugindo do seu país onde a 01 de novembro ocorrera um terremoto de proporções catastróficas, matando mais de quarenta mil pessoas, só na cidade de Lisboa. Gostando das terras que visitou, comprou-as por seis mil cruzados ao Padre Francisco Ferreira e regressou a Concelho de Póvoa de Varzim, Distrito do Porto, seu torrão natal, para apanhar os familiares e conduzi-los à sua "nova terra". 

Com Beiriz vieram os filhos Virgínia, Catarina, Romana e Cosme (sacerdote) e o sobrinho José Joaquim da Silva, que se casaria futuramente com a prima Virgínia. Com a ajuda dos escravos, Beiriz ergueu um engenho moderno por ter eixos de ferro, nas imediações da atual rua Costa Beiriz, centro de Guarabira.

Quando chegou, Beiriz trazia consigo a imagem da Virgem da Luz, pois lhe fizera a promessa de erguer uma capela em sua homenagem na localidade que viesse a fixar residência com os familiares. Edificou-a em 1760 e expôs a imagem da Virgem da sua devoção e as missas e novenas foram ali oficiadas pelo filho Cosme. 

A festa de Nossa Senhora da Luz é celebrada todos os anos, de 23 de janeiro a 02 de fevereiro, na Catedral de Guarabira. É a luz de Jesus chegando a todos por meio de Maria Santíssima.




 

BRAZÃO DE ARMAS - DIOCESE 



Escudo

Cor Azul predominante, símbolo da mãe de Deus, a Virgem Maria. 
Em destaque, uma cruz branca, que marca um solo vivido por missão e fé do povo de Deus. 
No Centro, uma vela acesa, símbolo do Cristo, verdadeira Luz, nascido pela Virgem Maria, mãe e protetora (Nossa Senhora da Luz) que guia todos os seus filhos diocesanos a Ela confiados. 

 
Insígnias Diocesanas: 

Cruz, Mitra e Báculo. 
Símbolos do Governo Episcopal guiado sob honra da Excelsa Virgem da Luz. 







MAPA TERRITÓRIAL DA DIOCESE 











A CATEDRAL 







Catedral diocesana de Nossa Senhora da Luz está situada no centro da cidade de Guarabira, na Paraíba. É o principal templo da Diocese de Guarabira, nela está situada a catedra episcopal diocesana.


A Igreja passou por três grandes reformas, a primeira em 1800 ainda no ínicio da capela de Nossa Senhora da Luz, logo após sua edificação à Matriz em 1837, iniciaram uma nova obra deixando-a a Igreja numa arquitetura renascentista. Em 1980, a Igreja matriz foi reformada novamente, na maior reformulação já vista pelos paroquianos, foram retirados alguns altares dos corredores laterais internos e se fez a modificação de outros. O antigo altar principal onde era exposto o Santíssimo foi totalmente demolido e erigido um outro em seu lugar. Substituiu-se o forro de madeira do teto, onde se via uma tela que retratava a Virgem da Luz, pintada pelo artista plástico guarabirense Antônio Sobreira e se extinguiu a mesa onde se ajoelhavam os fiéis para receberem a Comunhão e a grade do presbitério. 

A reforma foi idealizada e executada pelo bispo auxiliar da Paraíba, dom Marcelo Pinto Carvalheira (que coordenava a Região Episcopal de Guarabira), após a reforma a Igreja Catedral foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional) do qual a Igreja encontra-se registrada nas listas de tombamento do patrimônio público do estado. 

 


No interior da Catedral de Nossa Senhora da Luz, abriga uma imagem do Cristo morto e da santa padroeira Nossa Senhora da Luz, além de uma Via-Sacra, uma belíssima imagem do divino Espírito Santo (representado como ave) e um sacrário, todos esculpidos em madeira.